quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A mulher prostituta em José de Alencar

Fernanda
Greyce
Kelly
Morgana
Resumo

Neste artigo discutiremos sobre o papel da mulher prostituta ao longo da história, cosiderando a sua atuação como mulher, amante e objeto de desejo.Como base usaremos obra de José de Alencar Lucíola-mulher prostituta que será o ponto de difusão do nosso trabalho.

Palavras-chaves

Prostituição,José de Alencar-Lucíola.

O presente artigo tem como objetivo desvendar a magia que paira sobre a protistuta Lucíola,mulher enigmatica, traços fortes e angelicais, o ar que paira em torno de lúciola é pura poesia, dona de própio nariz, deixava claro que não dependia de homem algum, e sim prestava-lhe um favor dando a sua companhia.
Receber as carícias de Lúcia era uma dádiva concedida a poucas, ela não se iludia com jóias concedida a poucas, ela não se iludia com jóias nem grandes fortunas, seus préstimos eram tidos em alto preço sem que da sua boca ouvisse este valor é... uma mulher que pedi, marca o preço de sua gratidão; a mulher que não pedi é um abismo que nunca enche (...)Alencar,p.29)
Ao contrário das demais cortesãs do sec.XIX, tidos pela sociedade como bonecas de papelão,manipulados por dinheiro, Lúcia despertava nos homens um forte anseio de conquista. Todos os seus amantes cortejavam-na,porque ela se dava do direito de rejeitá-los,desdenhar de quem bem queria porque não era submissa a nenhum,não dependia nem financeira, nem emocionalmente de nenhuma deles,os mesmos é que esperavam por migalhas do seu afeto.

(...) A mulher prostituta é sempre uma normal ou subnormal
, sexualmente falando. Na ausência de outros meios de
subsistência mais rendosos, ela elege a prostituição
como uma profissão. (Pereira,Armando p.19)
Não se deixava conhecer, o papel de cortesã, dona de si mesma, era-lhe como uma carroça instransponivel, e o amor a desarmaria, daria ao seu interior acesso livre para oportunistas baixar a guarda não seria bom para Lúcia,não na condição de mulher decidida e dominada.
Diferente das donzelas que tinham no amor sua maior fortaleza, para Lúcia esse amor seria sua fraqueza, sua perdição. Sua simplicidade de trajes, o desdenhe explícito pelo sexo dava-lhe um poder encantador sobre os homens. " Vi Lúcia sentada na frente do seu camarote, vestida com certa galantaria, mas sem a profissão de adornos e a exuberância de luxo que os tentam de ordinário as cortesãs(...)" ( ALENCAR,p29).
Com Lucióla, José de Alencar fez, ao contrário dos escritores de meados do século XIX, de que a prostituta era só um objeto de desenfado ou deiversão, trasnformado suas cortesãs em mulheres obedecidas,determinadas, auto-suficientes, ao contrário das esposas, criaturas frágeis, sem iniciativa, confinada ao trabalho doméstico, a ser um ídolo ou uma máquina reprodutora."(...) No caráter feminino, não há região intermediária; ela deve existir na inocência imaculada ou no vício sem esperanças".(Chittendem Nathaniel W., 1837).
José de Alencar deu uma roupagem nova a essa mulher tradicional. Lúcia revolucionou a galeria das personagens femininas da literatura.Durante a maior parte da narratiuva deixa de lado a imagem santificada das meulheres em geral." Havia um abismo de sensualidade nas asas trasparentes da narina que tremiam com o anélito do respiro curto de sibilante e também nos fogos surdos que incendiavam as pupilas negras".(ALENCAR,p24)
A personagem Lúcia é o resultadode uma situação econômica que a estrutrura social do século XIX originou,mas Alencar não fugiu muito da mulher tradicional,pois ao final da sua obra Lucíola, aquela máscara que lúcia mantinha de "forte" mulher caiu e ela rendeu-se ao amor de Paulo.
(...) Nunca te disse que te amava,Paulo! mas eu sabia,e era feliz!
mas eu sabia, e era feliz!
tu me purifcaste ungindo com os teus lábios(...)" (ALENCAR,P.127)
Ao admitir o amor que sente por Paulo, Lúcia sabe sabe que só a morte poderá reabilitar-lhe,posto que a sociedade não admitiria a recuperaçõ de uma prostituta."Conduzia Lúcia ao seu leito, e só depois de cruéis angústias tive o consolo de vê-la recobrar os sentidos, mas para cair logo numa prostituição, em que apesar dos meus ragos e instâncias, só a ouvir mumrmurar(...) (ALENCAR,p125).Paulo a tornou vulnerável, submissa e esse amor tão grande foi a sua destruição como mulher independete e dominadora.

Bibliográfia:

ALENCAR,José de.lucióla.São Paulo:ÀticaA
As prostitutas na história/ROBERTS,Nickie;tradução:de Magda lopes-Rio de Janeiro: Rearol/Rosa dos temnpos,1998.

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